terça-feira, 8 de maio de 2012

História de vida: inclusão digital


Meu processo de inclusão digital iniciou-se a partir de 1993 quando foram adquiridos os primeiros computadores para a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA-AL). Na época, trabalhava no Serviço de Epidemiologia e as necessidades inerentes às atividades desenvolvidas, tais como a elaboração de análises epidemiológicas e a divulgação dos dados em boletins, nos levaram a utilizar, ainda em ambiente operacional DOS, os programas: DBASE III, Lotus 123, Harvad Graphics e um editor de texto, que no momento, não recordo o nome.  A FUNASA-AL investiu na capacitação interna de seus técnicos para que incorporasse essa nova tecnologia em suas atividades de rotina.  

O conhecimento agregado nessa área  abriu novos caminhos na implementação das atividades desenvolvidas na epidemiologia. A utilização de outros programas que surgiram,  foram aos poucos sendo incorporados  por aqueles que  passaram a utilizar essa tecnologia na sua rotina de trabalho.

A dinâmica do trabalho inter-relacionando informática e epidemiologia foi se tornando mais intensa com as experiências de assessoria técnica  vivenciadas nas Secretarias Municipais de Saúde de Maceió, de União dos Palmares, Marechal Deodoro e São Miguel dos Campos e na Secretaria de Estado da Saúde, na qual, durante um período de 15 anos passamos a trabalhar com a operacionalização dos sistemas de informações em saúde implantados pelo Ministério da Saúde, ampliando o leque de uso dos recursos tecnológicos.

Em 2009, tive a minha primeira experiência com ensino a distância, participando do Curso Instrumental do Projeto AMQ realizado pelo Instituto Materno Infantil de Pernambuco, em parceria com o Ministério da Saúde. No início, a interação no ambiente virtual foi um pouco estranha, ficávamos um pouco perdidas, com aquela vontade de alguém diga o que devemos fazer, mas com o tempo, quando nos familiarizamos com as ferramentas, tudo foi ficando mais fácil. É só uma questão de adaptação. Nesse curso, o que mais me chamou a atenção foi a importância da comunicação escrita, pois  se não tivermos habilidades na construção de textos, mesmo que sejam curtos, não conseguimos nos fazer entender pelos nossos colegas e tutores.

O que mais me estimula no uso das TIC é a grande possibilidade de fazer  e aprender de formas diferentes. A descoberta de novas possibilidades e o aprendizado contínuo é fascinante. Como dificuldade ressalta a superficialidade no uso dessas ferramentas, pois você ainda nem coseguiu assimilar tudo e já surge outra com mais funcionalidade. Outro ponto importante que tenho observado é a facilidade com que desviamos dos objetivos inciais, pois a toda hora somos estimulados a sair do nosso foco em função das facilidades de acesso a várias ferramentas a partir de um mesmo local: o computador.

Acredito que as TIC auxiliam amplamente no processo de ensinagem e na forma como resolvemos nossas questões de rotina no trabalho e na nossa vida diária. Para que elas sejam realmente efetivas é preciso determinar os objetivos que queremos atingir e planejar como esses recursos serão utilizados. Não podemos perder de vista que o bom senso  manda que usemos  os recursos tecnológicos com equilíbrio para que eles sejam realmente ferramentas úteis no desenvolvimento do ser humano.

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