Meu processo de inclusão digital
iniciou-se a partir de 1993 quando foram adquiridos os primeiros computadores
para a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA-AL). Na época, trabalhava no Serviço
de Epidemiologia e as necessidades inerentes às atividades desenvolvidas, tais
como a elaboração de análises epidemiológicas e a divulgação dos dados em
boletins, nos levaram a utilizar, ainda em ambiente operacional DOS, os programas:
DBASE III, Lotus 123, Harvad Graphics e um editor de texto, que no momento, não
recordo o nome. A FUNASA-AL investiu na
capacitação interna de seus técnicos para que incorporasse essa nova tecnologia
em suas atividades de rotina.
O conhecimento agregado nessa
área abriu novos caminhos na
implementação das atividades desenvolvidas na epidemiologia. A utilização de
outros programas que surgiram, foram aos
poucos sendo incorporados por aqueles
que passaram a utilizar essa tecnologia
na sua rotina de trabalho.
A dinâmica do trabalho inter-relacionando
informática e epidemiologia foi se tornando mais intensa com as experiências de
assessoria técnica vivenciadas nas
Secretarias Municipais de Saúde de Maceió, de União dos Palmares, Marechal
Deodoro e São Miguel dos Campos e na Secretaria de Estado da Saúde, na qual,
durante um período de 15 anos passamos a trabalhar com a operacionalização dos
sistemas de informações em saúde implantados pelo Ministério da Saúde,
ampliando o leque de uso dos recursos tecnológicos.
Em 2009, tive a minha primeira
experiência com ensino a distância, participando do Curso Instrumental do
Projeto AMQ realizado pelo Instituto Materno Infantil de Pernambuco, em
parceria com o Ministério da Saúde. No início, a interação no ambiente virtual foi um pouco
estranha, ficávamos um pouco perdidas, com aquela vontade de alguém diga o que
devemos fazer, mas com o tempo, quando nos familiarizamos com as ferramentas,
tudo foi ficando mais fácil. É só uma questão de adaptação. Nesse curso, o que
mais me chamou a atenção foi a importância da comunicação escrita, pois se não tivermos habilidades na construção de
textos, mesmo que sejam curtos, não conseguimos nos fazer entender pelos nossos
colegas e tutores.
O que mais me estimula no uso das
TIC é a grande possibilidade de fazer e
aprender de formas diferentes. A descoberta de novas possibilidades e o
aprendizado contínuo é fascinante. Como dificuldade ressalta a superficialidade
no uso dessas ferramentas, pois você ainda nem coseguiu assimilar tudo e já
surge outra com mais funcionalidade. Outro ponto importante que tenho observado
é a facilidade com que desviamos dos objetivos inciais, pois a toda hora somos estimulados
a sair do nosso foco em função das facilidades de acesso a várias ferramentas a
partir de um mesmo local: o computador.
Acredito que as TIC auxiliam amplamente
no processo de ensinagem e na forma como resolvemos nossas questões de rotina no
trabalho e na nossa vida diária. Para que elas sejam realmente efetivas é
preciso determinar os objetivos que queremos atingir e planejar como esses
recursos serão utilizados. Não podemos perder de vista que o bom senso manda que usemos os recursos tecnológicos com equilíbrio para
que eles sejam realmente ferramentas úteis no desenvolvimento do ser humano.
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